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(Quase) tudo sobre a minha participação na 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) em Paris de 30/nov a 11/dez 2015
Abertura do segmento de alto nível (fonte)
“Esta manhã abre-se a semana da esperança para a COP21, o objectivo e a exigência são claros: precisamos de um acordo universal sobre o clima”, afirmou o presidente da COP21, Laurent Fabius, na abertura do segmento de alto nível da cimeira. O ministro dos negócios estrangeiros francês salientou que é importante consolidar um projecto de acordo o mais depressa possível (pretende-se uma nova versão revista até ao final de quarta-feira), de forma a permitir que sejam limadas todas as questões burocráticas e que o Acordo de Paris seja aprovado na sexta-feira à tarde.
Por seu lado, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou à responsabilidade moral dos ministros e negociadores presentes na COP21, a quem apelou à cooperação. “A catástrofe climática persegue-nos e o mundo espera de vós mais do que meias medidas, reclamam um acordo que traga a transformação, que abra a porta a uma paz duradoura, à estabilidade e à prosperidade.”
A abertura do segmento de alto nível contou ainda com intervenções de Mogens Lykketoft, presidente da Assembleia Geral da ONU; Hoesung Lee, presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC); e Christiana Figueres, secretária executiva da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas (UNFCCC).
Ao longo do dia, seguiram-se as intervenções de representantes ministeriais de cerca de 80 países, num processo que continuará amanhã com outras quatro dezenas de intervenções já agendadas, incluindo a do ministro português do ambiente (em sétimo lugar na lista de oradores da manhã). Terça-feira será também dia para ouvir as intervenções das organizações intergovernamentais e não-governamentais.
Hoje, ao final da tarde, reuniu pela primeira vez o “Comité de Paris” criado pelo presidente da COP21, onde os coordenadores dos grupos de trabalho já em funcionamento deixaram claro que são necessárias mais ‘indabas’ - expressão zulu que significa negociação e que foi herdada da COP17 (2011), realizada em Durban, na África do Sul.
Nas intervenções que se seguiram, foram deixadas algumas criticas ao processo, nomeadamente a falhas na comunicação das reuniões informais, marcadas com pouca antecedência e por vezes em salas sem cadeiras para todos os delegados.
A 48 horas de terminar o suposto prazo para se chegar ao "Acordo de Paris" ainda estamos longe do consenso e vão ser criados (pelo menos) mais quatro grupos de trabalho que reportação ao 'Comité de Paris': adaptação e perdas e danos; mecanismos de cooperação; medidas de resposta às alterações climáticas; e florestas.