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(Quase) tudo sobre a minha participação na 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) em Paris de 30/nov a 11/dez 2015
No início da segunda e última semana da COP21, as impressões gerais são de que o processo tendente ao Acordo de Paris está a correr bem apesar de algumas falhas na transparência, com os observadores arredados mais do que o habitual, do acompanhamento das negociações.
Quanto ao grau de ambição do Acordo, há aspetos ainda por definir no que respeita à revisão de 5 em 5 anos, nomeadamente quando tem lugar e quando começa. Um facto interessante é que se considera que a geometria política está diferente do passado e os blocos tradicionais já nem sempre são os mesmos.
Há áreas complicadas – a monitorização do trabalho de cada país e a verificação do esforço precisa de maior clareza e é um elemento fundamental, a integração das perdas e danos no Acordo ainda está em dúvida bem como a sua integração no artigo referente à adaptação às alterações climáticas.
O financiamento e a diferenciação das responsabilidade dos países continua a ser uma questão controversa. Note-se ainda que há várias questões que flutuam entre o texto do Acordo e a decisão associada (que corresponde mais à operacionalização do Acordo, o que nuns casos tem sentido, noutros não).
Por último, ao longo da primeira semana houve bons anúncios para o clima, nomeadamente de investimentos em grande escala nas energias renováveis, o que foi muito positivo.