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(Quase) tudo sobre a minha participação na 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) em Paris de 30/nov a 11/dez 2015
À falta do discurso do Primeiro-Ministro português, António Costa, que ao lhe ser oferecido apenas um dos últimos slots para intervir, dada a vontade de última hora (já como governo, obviamente), desistiu, aqui ficam algumas notas dos dois principais emissores à escala mundial.
O Presidente Obama dos EUA mencionou o facto de estarmos num “ponto de viragem” – no momento de mudar e salvar o planeta. Diz que sentiu recentemente os efeitos das alterações climáticas no Alaska e no degelo do permafrost. Insistiu por duas vezes que somos a primeira geração a sentir efeitos das alterações climáticas e a última a poder fazer alguma coisa e que a atual geração talvez não reconheça o que se está aqui a fazer, mas a próxima ficará agradecida e honrada pelo que se fez em Paris.
Em linha com o que os EUA haviam proposto em Copenhaga e ao contrário de Quioto, mencionou subtilmente que estamos a ir pelo caminho certo ao impormos objetivos de baixo para cima, isto é, pelos países e não impostos superiormente. Por último, mencionou a grande iniciativa lançada hoje em conjunto com Bill Gates a Clean Energy Initiative (e a relevância da inovação numa economia de baixo carbono). Terminou com um “Vamos ao trabalho“.
Já o Presidente da China, Xi Jinping, mencionou que é com as intenções de todos os países que se construirá o êxito da conferênciae é fundamental fortalecer as ações pós-2020, fortalecendo um desenvolvimento sustentável que deve assim passar por uma economia verde, circular. Obviamente chamou a atenção para as responsabilidade diferenciadas dos países desenvolvidos, que não apenas têm maiores obrigações de mitigação mas também de financiamento, devendo mobilizar os prometidos 100 mil milhões de dólares anuais a partir de 2020.
Mencionando que a conferência não é uma meta mas um começo, falou de uma indispensável cooperação onde a transferência de tecnologia é um elemento essencial. Terminou falando da necessidade de soluções win-win, em que os países têm de aumentar o diálogo, a troca de experiências e também procurarem soluções à esala mundial e nacional, mencionando que a China está a fazer os maiores investimentos em conservação de energia e uso de energias renováveis.
Duas notas interessantes – a China viria a mencionar “oficialmente” pela primeira vez que quer atingir o pico de emissões ANTES de 2030; num discurso alguns minutos depois, Angela Merkel reconhecia indiretamente que a meta de não aumentar a temperatura mais do que 2 ºC em relação à era pré-industrial pode não ser suficiente para os Estados pequenas ilhas…. A Alemanha disponível para o objetivo de 1,5 ºC ?